quarta-feira, 13 de julho de 2011

Resenha: A Mulher do Viajante no Tempo

Nome: A mulher do viajante no tempo
Autor: Audrey Niffenegger
Edição: 1
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788560280407
Ano: 2009
Páginas: 450
Tradutor: Adalgisa Campos da Silva
Sinopse Original: Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação.
Como seria ter de esperar pelo seu amor, depois de ele desaparecer, sem saber para onde, e quando irá voltar? Clare Abshire lida com isso todos os dias. Seu marido, Henry DeTamble, é viajante no tempo. Ele simplesmente desaparece e muda de tempo cronológico, sem ter consentimento de para onde nem para qual época irá.
 Clare, era aquela garotinha ruiva de 6 anos na pradaria de sua casa, quando conheceu Henry. Ele, viajando no tempo, contou a ela seu segredo e as datas em que iria voltar para vê-la novamente. E aos poucos Clare se apaixona por Henry, um homem estranho que voltava de tempos em tempos.
Finalmente, eles se encontram no presente e é ai em que a história deles começa de verdade.
Nosso amor foi o fio no labirinto, a rede embaixo de quem caminha na corda bamba, a única coisa verdadeira e confiável nesta minha vida estranha. - A mulher do Viajante no Tempo (carta de Henry à Clare).
 Apesar de ainda nova no ramo da escrita, Audrey Niffenegger impressionou muitos leitores do mundo inteiro com sua estréia literária, "A mulher do viajante no tempo". Ela adora fazer descrições de cada movimento de seus personagens, e é ótima nisso, escrevendo naturalmente, de uma forma cativante.

Em compensação à escrita de Audrey, alguns termos do livro, realmente fez o mesmo perder muitos pontos. Provavelmente, estes termos como "mijar" e "fazer pipi" foram erros graves de má tradução, e não da autora.
Clare: "E Henry, meu Ulisses? Henry é um artista de outra espécie, um artista do desaparecimento." - Página 242
 O livro, mesmo aparentando ter uma compreenção confusa, é revelado o contrário. A leitura é bem rítimica, mesmo envolvendo o passado, presente e futuro.  
 É uma obra para se encantar com a história e se maravilhar com a escrita. Com certeza, este livro já se tornou o preferido de vários leitores.
Henry: "Como é a sensação? (...) Quando estou em outro tempo, me sinto pelo avesso, transformado numa versão desesperada de mim. Viro um ladrão, um adarilho, um bicho que corre e se esconde. Assusto velhas e assombro vianças. Sou um truque, uma ilusão da mais alta ordem. É incrível eu ser mesmo real.
(...) Há alguma forma para ficar no presente, abraçá-lo com todas as células do seu corpo? Não sei." - A Mulher do Viajante no Tempo, página 10
Nota final do livro: ★★★★ (ótimo!) (favorito)


O filme

Apesar de que a história de Henry e Clare tenha sido passada muito rápido durante o filme, a adaptação para o cinema foi realmente muito fiel ao livro. A pradaria na casa de Clare, a garotinha ruiva de seis anos, a procura pela casa perfeita, tudo foi leal às descrições de Audrey no livro e como o leitor provavelmente deve ter imaginado. Logicamente, foram cortadas várias cenas do livro, mas o filme não deixa de ser tão lindo e encantador quanto ele.
P.S. O filme, em inglês, chama-se "The Time Traveler's Wife", porém, em português, ele foi adaptado para "Te amarei para sempre" - algo totalmente diferente!









Para os que já leram


O final deste livro pode ser comparado com o final de Romeu e Julieta. A morte dada à Henry foi um destino cruel para ele. Mesmo sendo um fim trágico, a história não deixou de ser linda. Depois que Clare perdeu Henry para a morte, eles continuaram se encontrando durante anos, através das viagens no tempo. Os encontros continuaram, até mesmo quando ela já estava de cabelos brancos e pele enrugada, anos depois da morte do marido. Isso que fez tudo valer a pena para Clare, que era continuar tendo Henry, mesmo depois de falecido.
 O parte mais bem escrita do livro, com certeza, é a carta de Henry à Clare. Relembre um trecho:

"Estou escrevendo em minha secretária no quarto dos fundos, olhando para o seu ateliê no jardim coberto da neve azul que caiu de noite. Está tudo escorregadio e cheio de gelo, no maior silêncio. É uma daquelas noites de inverno em que parece que o frio de cada coisa faz o tempo passar mais devagar, como o centro estreito de uma ampulheta por onde o próprio tempo flui lentamente, lentamente." - A mulher do Viajante no tempo

10 comentários:

Adriana T disse...

Quando assisti ao filme fiquei o tempo inteiro pensando se eu ia gostar dele ou não, só consegui ter a resposta quando o filme acabou, eu realmente gostei muito, espero ler o livro em breve.
http://hobbyecletico.blogspot.com/

Aline Gasparini disse...

Já li Uma Estranha Simetria da Audrey Niffenegger e confesso, adorei. Estou louca para ler A Mulher do Viajante do tempo, parece ser bem interessante. Enfim, ótima resenha xD

Beijos&beijos
Book is life

Vanessa Vieira disse...

Parabéns pela resenha Mari! Já li A Mulher do Viajante no Tempo e curti bastante. Beijos!

Maisa Gois disse...

Adorei o blog, estou seguindo!
E nossa, muito boa essa matéria e o fato de você falar sobre o livro e o filme é muito bacaba!

Caue1507 disse...

não conhecia o livro nem o filme, parece ser bem diferente de qualqer coisa q eu jah vi mas me fez lembrar um pouco de O Estranho caso de Benjamin Button *-*

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hangover at 16

Marina Barcelos disse...

Eu quero tanto ler esse livro que chega até a doer kkk
Muito estranho, me parece ser uma linda história ;)
Adorei o blog.

Bjs

Ana Ferreira disse...

Mari,
O livro tem uma história linda, adoraria lê-lo, ainda mais com a sua resenha empolgada. Só pelos trechos deu para sentir a intensidade da autora...
E quanto ao filme, sabe que até gosto do nome da adaptação? Adoro títulos que são frases "Te Amarei para Sempre", não é ortograficamente correto começar a frase desse jeito, mas é lindo, lindo.


Beijinhos,
Ana - Na Parede do Quarto

Rart og Grotesk disse...

fiquei com vontade de ler!!!

boa semana!

http://artegrotesca.blogspot.com

Isabella disse...

Eu já assistir e gostei bastante, eu já tinha vontade de ler o livro e agora que você me lembrou dele deu mais vontade ainda. Gostei da resenhas, e eu quero ler o fim, como você diz, embora trágico é bonito.

Daniela disse...

Muito lindo seu blog!
As resenhas são muito boas!
Já estou te seguindo!
Aqui vai o meu blog:
www.minhavidadevampira.blogspot.com

Valeu!
Bjs