segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ensaio sobre a Cegueira

Oi gente!

 Não, nós não morremos! Esse ano, todo tipo de coisa aconteceu, ai foi bem difícil para nós continuarmos postando, o que é bem triste! Mas acho que ainda há tempo de tentar outra vez!
O livro que eu vou resenhar hoje, é um que eu li a muito tempo, e entrou na minha lista de preferidos na primeira vez que li!
O autor, José Saramago, é português e publicou esse livro em 1995. Além desse, ele publicou vários outros livros incríveis, como Ensaio sobre a lucidez, e Memorial do convento.
Então vamos a resenha: 

Uma cidade barulhenta. Pessoas empurrando umas as outras, em busca de ocupar um pedacinho da rua, enquanto caminham apressadamente para seus compromissos. Filas gigantescas de carros, que se movimentam rapidamente no tráfico. Mas nem todos. Na fila no semáforo, o sinal se muda para verde, mas o carro não se move. Provavelmente uma falha mecânica qualquer, pensa aqueles que estão atrás dele. O motorista sai do carro e diz: estou cego. O que acontece depois, nenhum médico conseguiria explicar. O homem, desenvolvera uma espécie de cegueira branca, o que contrariava a tipica cegueira em que o paciente era entregue a escuridão. Como uma espécie de epidemia, a cegueira se alastra, e o governo então decide isolar todos os doentes em um sanatório, onde os cegos serão entregues a condições de animais. ''O que você iria fazer, se ninguém pudesse de ver?'' O ambiente se torna nojento rapidamente, cheio de detritos nos corredores, sujeira e morte o todo tempo. Os cegos lutam por necessidades básicas, um contra o outro. E para construir toda essa história de forma incrível, o autor nos apresenta uma personagem que vê. A esposa do oftomologista, que atende o primeiro homem a cegar, que se recusa a abandonar o marido, e se finge de cega para acompanhar o marido. A história em si, não é a busca pela cura da doença, mas sim, um retrato de uma sociedade que se desmorona.
Uma busca por quem somos, por nos encontrarmos, uns aos outros, mesmo sem poder nos ver. O que torna esse livro ainda mais desesperador/incrível é o autor que trabalha a linguagem de modo singular. Não usando nenhuma vírgula, parágrafos, e raros pontos finais, Saramago fortalece ainda mais a imagem de uma sociedade perdida e caótica.

Nas palavras do autor: ''Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso.''

Espero que vocês gostem da leitura!
Beijos, Lety 

3 comentários:

Anônimo disse...

Oiii

Eu tbm andei sumida rs... ta corrido né.. Mas estou de volta pasa la no blog. Bjo fique com Deus.

Bezerrinha disse...

Pois tu sabes que eu cheguei a pegar esse livro na mão para comprar e desisti por ter visto o filme e achado péssimo?
Esse é o mal de se adaptar livros para o cinema, pode dar uma imagem ruim à obra literária.
Gostei da tua resenha, realmente fez voltar meu interesse por Saramago!

Beijos e sucesso!

Isa disse...

Quero muito ler esse livro!

Adorei seu blog.

Beijos
http://verbosdiversos.blogspot.com.br/
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